Publicado: 2019-02-24
A teoria da “dieta do tipo sanguíneo” tem conquistado a atenção generalizada do público desde o lançamento de “Eat Right For Your Type” de Peter J. D’Adamo, N. D. (G. P. Putnam’s Sons, New York, 1996). A premissa básica do livro – que os Tipo O são o tipo dominante, homens das cavernas, caçadores que requerem carne na dieta, os Tipo A são dóceis vegetarianos, e os Tipo B são omnívoros consumidores de lacticínios – tornou-se um manifesto alimentar para muitas pessoas. No entanto, a teoria da “dieta do tipo sanguíneo”, assim como o livro que a promove, apresenta muitos problemas que me impedem de basear seriamente qualquer das minhas escolhas alimentares nela.
O autor, D’Adamo
sustenta grande parte desta teoria na acção das lectinas, que são
proteínas que contêm açucares, que se encontram na superfície de certos
alimentos, que podem fazer com que várias moléculas e alguns tipos de
células se mantenham unidas. Ele culpa as lectinas por sérias
perturbações por todo o corpo, desde a aglutinação das células do
sangue, à cirrose e à insuficiência renal (página 24). Na Página 53,
D’Adamo declara que, “…certos feijões e legumes, especialmente as
lentilhas e o feijão vermelho, contêm lectinas que se depositam nos
nossos tecidos musculares, tornando-os mais alcalinos e menos propensos
para a actividade física.” Isto é uma acusação científica bastante
séria, e um pensamento alarmante se você for do Tipo O – nomeadamente,
ao ponto de (ver p. 328) a seguir a comer uma tigela de chili com feijão
ou um estufado de lentilhas, as proteínas lectinas estarem a
depositar-se nos seus músculos e a alterarem a sua função, a mudarem a
sua acidez, e a diminuírem a sua capacidade para a acção física.
Se
alguém vai fazer uma afirmação dessas – e publicá-la num livro destinado
a estar na lista dos livros mais vendidos, com a intenção de mudar os
hábitos alimentares de uma nação – eu julgo que o autor é obrigado a
apresentar evidência científica sólida que suporte essa asserção. O
autor D’Adamo repetidamente falha em fazê-lo, ao longo de todo o livro.
Uma afirmação que vai potencialmente assustar milhões de leitores do
Tipo O em relação a comerem feijões vermelhos, lentilhas e trigo,
deveria estar sustentada por fotografias tiradas com um potente
microscópio electrónico. Estas microfotografias mostrariam tecidos
musculares colhidos por biopsia de pessoas do Tipo sanguíneo O, A, B, e
AB depois de elas terem comido feijões vermelhos e/ou lentilhas. (A
recolha de amostras de fibras musculares, de tecido adiposo, etc., é uma
técnica comum, segura e praticamente indolor, conhecida por biopsia com
“agulha fina”, e é realizada rotineiramente em voluntários pagos por
investigadores de nutrição, de fisiologia do exercício, de
farmacologia, do processo de envelhecimento, e de outras ciências.) As
fotografias mostrariam claramente os depósitos de lectinas nos músculos
das pessoas do Tipo sanguíneo O – e poucos ou nenhuns depósitos nas
amostras de tecido dos músculos das pessoas do Tipo sanguíneo A. Se um
autor não consegue apresentar uma prova como esta, ou citar claramente
no texto as referências científicas onde outras pessoas demonstraram tal
prova, a sua credibilidade, para mim, diminui gravemente. D’Adamo não
apresenta fotografias nem estudos corroborantes para sustentar as suas
especulações. Para fundamentar a afirmação de que as lectinas mudam os
músculos, “tornando-os mais alcalinos e menos propensos para a
actividade física,” o autor necessitaria de publicar a sua própria
investigação ou de citar outros estudos científicos em que
microeléctrodos minúsculos que medissem a acidez dentro das células
tivessem sido introduzidos nos músculos de voluntários humanos pagos,
de vários tipos sanguíneos. Todas as cobaias receberiam uma refeição de
lentilhas e de feijões vermelhos, e uma mudança grandemente
significativa para a alcalinidade seria observada nos músculos das
cobaias do Tipo O. No entanto, tais estudos não foram citados ou
apresentados. Se um autor não possui este tipo de prova, é responsável
da sua parte fazer declarações que podem constranger milhões de pessoas a
não comerem legumes ricos em proteína e fibras e outros alimentos
potencialmente ricos? De facto, pode ser melhor para uma pessoa
particular não comer um legume particular – mas a razão pela qual ele ou
ela deve abster-se de o fazer deve ser devido a
razões nutricionais/médicas sólidas – como verdadeiras alergias,
colites, etc. – e não por causa do seu tipo sanguíneo ABO.
O livro
de D’Adamo contém muitas afirmações cientificamente insatisfatórias, do
tipo “um tamanho serve a todos”, como aquela da página 63, “O Tipo O não
tolera produtos de trigo integral de todo.” Tal afirmação leva à
questão, “O que ele quer dizer com ‘de todo’?” Será que as pessoas do
Tipo O comem uma bolacha de trigo integral e caem no chão a agarrarem o
abdómen e a vomitarem – ou pior ainda, sofrem uma lesão cerebral
imediata por as suas células sanguíneas se aglutinarem em todo o seu
cérebro? Quanto trigo pode um Tipo O comer antes de o seu sangue
aglutinar? Um pão de hambúrguer? Um talharim?
Não estou a negar que
muitas pessoas tenham problemas digestivos ou de outra natureza quando
comem trigo. Têm, de facto, mas a razão é terem uma verdadeira alergia
ao trigo, intolerância ao glúten, ou outro mecanismo verificável – não
por causa de umas moléculas de açúcar e de proteína a colarem-se a
partir da superfície dos seus glóbulos vermelhos. Como D’Adamo, eu
admito que o trigo pode ser um alimento problemático para pessoas com
colites, e frequentemente recomendo a sua exclusão da dieta. As lectinas
até podem desempenhar um papel no processo inflamatório de algumas
pessoas. No entanto, antes de alguém dizer a milhões de pessoas com o
Tipo sanguíneo O para nunca comerem trigo integral – muitas que ao que
parece não têm qualquer problema com trigo e que dependem dos pães como
uma das principais fontes de energia e proteína – não se requer alguma
prova científica convincente? Acho que o autor D’Adamo no mínimo deve
aos seus leitores uma citação de texto com prova de suporte de que a
disfunção do cólon provocada pelo trigo é uma doença própria dos Tipos
O. Todavia, o seu texto é desprovido de citações científicas em nota de rodapé. Para me convencer, ele precisaria de me mostrar microfotografias do tecido intestinal de pessoas do Tipo O
que tivessem comido recentemente trigo e que claramente tivessem
evidência da aglutinação de lectina a entupir o funcionamento das suas
células intestinais. Eu também precisaria de ver imagens dos tecidos
colhidos por biopsia das pessoas dos Tipos A, B, e AB que recentemente
tivessem ingerido trigo e cujas paredes intestinais apareçam sem lesões e
muito menos sobrecarregadas com depósitos de lectinas que as dos do
Tipo sanguíneo O. Tanto quanto sei, a inflamação do intestino, como a
colite, a doença de Crohn, e as sensibilidades ao glúten, ocorrem em
pessoas de todos os grupos sanguíneos, e não apenas nas do Tipo O – e D’Adamo não cita qualquer prova convincente em contrário.
O
autor D’Adamo faz duas afirmações difíceis de acreditar a respeito dos
produtos lácteos – uma que me fez duvidar dos seu entendimento de
ciência básica, e outra que levanta preocupações acerca da segurança do
seu conselho nutricional:
1) D’Adamo afirma na página 23 que, “Se uma pessoa com Tipo sanguíneo A o beber (o leite), o seu sistema irá começar imediatamente o processo de aglutinação de maneira a rejeitá-lo.” Se ele quer que eu acredite numa afirmação como essa, ele teria de me mostrar imagens de células sanguíneas do Tipo A debaixo de um microscópio aglutinando-se a seguir à pessoa beber leite, e em que se mostrasse as células sanguíneas do Tipo O e do Tipo B a não aglutinar. Novamente, ele não mostra tais fotos ou outra evidência credível do fenómeno. D’Adamo precisaria ainda de explicar porque é que as pessoas com o Tipo A que bebem leite (em quantidades por vezes enormes) não sofrem de derrames cerebrais e embolias à medida que o seu sangue aglutina por todo o seu sistema vascular. Ele não apresenta provas nem sequer explicações plausíveis para o mencionado em cima.
2) Uma afirmação que me causa grande preocupação em relação à segurança do conselho alimentar de D’Adamo surge na página 37, onde, apesar do conhecimento geral de que a maioria dos não caucasianos são intolerantes aos produtos lácteos devido ao normal desaparecimento das enzimas lactase nas suas células intestinais, D’Adamo recomenda que “os Tipo B de ascendência asiática podem precisar de incorporá-los (os produtos lácteos) mais devagar nas suas dietas à medida que se lhes ajustam os seus sistemas.” Isto parece ser um conselho estranho vindo de um autor que está a tentar melhorar a saúde intestinal do seu público. Receio que para muitos dos seus leitores que carecem de lactase e que de nada desconfiam, as consequências de seguirem tal recomendação serão severas crises de espasmos abdominais e diarreia.
Outra asserção neste livro que me faz não querer recomendá-lo aos meus pacientes está na página 53, onde o autor escreve que:
“Este
problema, chamado hipotiroidismo, ocorre porque os Tipo O tendem a não
produzir iodo suficiente.” A realidade é que o corpo não “produz”
qualquer iodo, tal como não produz cálcio, magnésio, sódio, ou qualquer
outro mineral. O iodo é um elemento halogéneo, relacionado com o cloro e
com o bromo, que é tirado do solo e do mar pelas plantas – que são
depois consumidas através da dieta. Preocupar dezenas de milhões de
leitores do Tipo O dizendo-lhes que eles “podem não estar a produzir
iodo suficiente” (coisa que ninguém faz) e que portanto correm risco de
hipotiroidismo, não tem fundamento e, penso eu, é preocupar
desnecessariamente. As causas de hipotiroidismo clínico são questões
complexas, envolvendo provavelmente auto-imunidade e outros mecanismos
de lesão do tecido da tiróide. Sugerir que comer carne vermelha e evitar
trigo (uma “dieta do Tipo O”) irá ajudar a pessoa do Tipo O a “produzir
iodo” não tem fundamento e pode não só suscitar falsas esperanças no
leitor, como pode também aumentar o risco de doenças associadas à carne.
O
que finalmente leva a teoria do “tipo sanguíneo” para além dos limites
da credibilidade, para mim é o mecanismo primário de lesão fisiológica
que D’Adamo postula – nomeadamente, de que as proteínas lectinas em
certas comidas fazem a aglutinação sanguínea, em certas pessoas de tipos
sanguíneos que são “não geneticamente/evolutivamente adequados” a
comerem essas comidas. Este fenómeno que o autor propõe é muito sério – e
potencialmente fatal. Aglutinação quer dizer que os glóbulos vermelhos
na sua corrente sanguínea estão irreversivelmente a unir-se e a formar
amontoados. Assim que se começam a juntar, não se voltam a separar.
(Note que isso é muito diferente do empilhamento dos glóbulos vermelhos,
também conhecido por formação de rouleaux – um fenómeno observado
quando a superfície dos glóbulos vermelhos se cobre com gordura ou
outras substâncias que as fazem ficar suficientemente pegajosas para
aderirem temporária e reversivelmente às superfícies uns dos outros –
mas não para ficarem permanentemente ligados através do entrelaçar
irreversível de proteínas de superfície, que é o que acontece com a
aglutinação.)
Ter o seu sangue aglutinado à medida que
circula no seu corpo não conduz à boa saúde – ou, já agora, à
sobrevivência a longo prazo. O que é assim tão mau em relação a estes
pequenos amontoados de glóbulos vermelhos a navegarem através da
corrente sanguínea? Os glóbulos vermelhos levam oxigénio às células de
tecidos vitais como o cérebro, o coração e os rins. Para conseguirem
entregar o oxigénio, os glóbulos vermelhos têm de fluir pelos mais
minúsculos vasos sanguíneos – vasos capilares microscópicos tão
estreitos que os glóbulos vermelhos têm de se alinhar numa única fila
para passarem. Se os glóbulos vermelhos estão a ser aglutinados por
lectinas (ou qualquer outra coisa), amontoados de glóbulos vermelhos
irão entupir os vasos capilares e bloquear o fluxo sanguíneo. Assim, a
corrente sanguínea vai ser impedida de entregar o seu carregamento de
oxigénio e nutrientes que sustenta a vida, aos tecidos que são servidos
por esses vasos capilares obstruídos. As células privadas de oxigénio
ficam lesadas, e em breve morrem. (A morte das células chama-se
“enfarte” do tecido.)
Visto que a maior parte das pessoas não sabem
quais são os seus tipos de sangue (para não falar nas comidas que são
“evolucionariamente inapropriadas” para elas comerem), é razoável
assumir que na maior parte dos dias a maior parte das pessoas comem
“comidas erradas” para o seu tipo de sangue (e.g., Tipos O a comerem
trigo, Tipos A a comerem carne, etc.). Assim, de acordo com a teoria de
D’Adamo, quase toda a gente experiencia repetidamente aguaceiros de
glóbulos vermelhos aglutinados por toda a corrente sanguínea depois de
quase todas as refeições – dia após dia, mês após mês, ano após ano. Se
os leitos capilares vitais no seu coração, pulmões, rins, cérebro,
olhos, e outros órgãos essenciais estão sujeitos a barragem atrás de
barragem de glóbulos vermelhos aglutinados, no final eles começarão a
entupir. Estas micro-áreas de reduzido fluxo sanguíneo iriam dar origem a
áreas de dano e destruição dos tecidos, primeiro dispersas e em seguida
mais concentradas – no final com muitos micro-enfartes espalhados ao
longo destas estruturas vitais. Com o passar do tempo, o cérebro, o
coração, os pulmões, os rins e as glândulas supra-renais iriam estar
irreparavelmente cheios de cicatrizes e de tecido fibroso por causa
destes processos – resultando na falha de múltiplos órgãos e em
consequências fatais em milhões de pessoas. Tal síndroma, de
insuficiências dos órgãos devido a micro-enfartes do cérebro, do
coração, dos pulmões, dos rins e das glândulas supra-renais, originado
por lectinas, seria bem conhecido pelos patologistas e por outros
cientistas médicos. Não seria uma doença subtil. Nos textos de
patologia, haveria descrições claras – completadas com fotografias
tiradas por meio de microscópios ópticos de grande potência – dos danos
causados pelos depósitos de lectinas e da aglutinação do sangue na
maioria dos sistemas orgânicos mais importantes. A existência e
complicação de tal doença tão espalhada seria de conhecimento tão comum
entre os clínicos e os cientistas que estudam as células como a
aterosclerose o é hoje. Sim, não tenho conhecimento de tais descrições
na literatura de patologias. Nenhum patologista que eu conheça jamais
mencionou o enfarte dos tecidos devido às aglutinações de glóbulos
vermelhos originadas por lectinas como a causa de qualquer doença em
humanos.
Achei especialmente perturbador em Eat Right for your Blood Type o retrato do autor D’Adamo das pessoas de
convicção vegetariana. Ele diz aos Tipos O comedores de carne que eles
têm uma “memória genética de força, resistência, confiança em si mesmos,
ousadia, intuição, e optimismo inato…”, “o epítome do foco, impulsão…”,
“robusto e forte, abastecido por uma dieta rica em proteína” (está ele a
descrever uma “raça superior” de Tipos O?), enquanto pinta os “mais
vegetarianos” Tipos A como submissos comedores de tofu, “biologicamente
predispostos a doenças de coração, cancro e diabetes.” (p. 97) Retrata
os Tipo A com personalidades “… insuficientemente adaptadas para as
intensas e pressionantes posições de chefia nas quais os Tipo O
sobressaem” (p. 142), declarando que, em situações de pressão, as
pessoas com o Tipo sanguíneo A “têm tendência a desenvencilhar-se” e a
“ficar ansiosos e paranóicos, levando tudo pessoalmente.” Finalmente, na
página 143, ele sobrecarrega o grupo com a imagem negra de Adolph
Hitler, “…uma personalidade Tipo A mutada.” (Como é que ele sabe o tipo
sanguíneo de Adolph Hitler?) O sistema de D’Adamo parece criar uma
“astrologia do tipo sanguíneo” (“Qual é o teu tipo? O positivo? Eu
sabia! Eu também sou!”) que impõe estereótipos estranhos e limitativos a
seres humanos muito complexos.
Na minha opinião, D’Adamo engendrou
um conto de fadas evolutivo que deixa muitas questões por responder. O
que é que ele exactamente está a propor que aconteceu aos
caçadores-recolectores do Tipo O quando as pessoas do Tipo A começaram
a cultivar trigo, cevada e outros cereais? As pessoas do Tipo O comem um
bocado de cevada e caem por terra, impossibilitadas de trabalharem e de
se reproduzirem? Eles nessa altura ficam belicosos e dão mocadas até à
morte nos povos agrários porque as lectinas estão a coagular os seus
intestinos? As mudanças genéticas para o Tipo sanguíneo A aparecem por
magia precisamente antes de uma sociedade cultivar novos cereais
(permitindo-lhes, em primeiro lugar comer os novos cereais), ou os Tipo
sanguíneo A surgiram depois de os cereais estarem cultivados, enquanto
que as pessoas com o Tipo O se extinguiram devido à aglutinação do seu
sangue nos seus cérebros? E por que haveriam tantos Índios nativos da
América do Norte, clássicos caçadores do Tipo O, dar-se ao incómodo de
cultivar cereal rico em lectinas (milho)?
Se acha todas as questões
anteriores tão inquietantes como eu acho, talvez você, também, quererá
pensar com demora e profundamente, acerca de adoptar a dieta do “tipo
sanguíneo” como seu guia para escolhas dietéticas para aumentar a saúde.
Tradução: Nuno Metello
Artigo traduzido e reproduzido com a permissão do autor.
Original: http://www.earthsave.org/health/bloodtyp.htm
Leia ainda:
Deirdre B. Williams, N.D. and John J. McMahon, N.D., “The Blood Type Diet: Latest Diet Scam”, http://www.vegsource.com/articles/blood_hype.htm
Investigadores da Universidade de Toronto deitam abaixo a teoria da dieta do tipo sanguíneo: http://news.utoronto.ca/popular-diet-theory-debunked
Vídeo do Dr. Michael Greger: Blood Type Diet Debunked
* O Dr. Michael Klaper graduou-se em 1972 pela Escola de Medicina da
Universidade de Illinois, Chicago, fez estágio de medicina no Hospital
Geral de Vancouver na Colômbia Britânica, Canadá, e ainda recebeu treino
em cirurgia, anestesiologia, ortopedia e obstetrícia no Hospital
Universitário da Universidade da Califórnia, em São Francisco. Ao longo
da sua carreira foi percebendo que muitas das doenças dos seus pacientes
(aterosclerose, alta pressão sanguínea, obesidade, diabetes, artrites,
asma, etc.) estão ligadas (e são agravadas) pela dieta típica americana,
o que o levou a estudar a fundo essa ligação. Quando os seus pacientes
começaram a seguir os seus conselhos nutricionais (complementados com
exercício e redução do stress), começaram a ficar mais esbeltos e
energéticos, ao mesmo tempo que a pressão sanguínea e o colesterol
regressavam aos níveis seguros. O Dr. Klaper é Director do Instituto de
Educação Nutricional e Investigação, e membro da Associação Americana
dos Estudantes de Medicina. Foi ainda consultor do projecto de nutrição
da N.A.S.A. Participou nas series televisivas “Food for Thought” e “Diet
for a New America”, e é autor dos livros “Pregnancy, Children, and the
Vegan Diet” (1991) e “Vegan Nutrition: Pure and Simple” (1999), e do DVD
“A Diet for All Reasons.”