Quando eu peço uma refeição vegana num avião, esta vem invariavelmente com um molho para salada magro. Isto aborrece-me tremendamente. Não só porque, na minha humilde opinião, o molho para salada magro é basicamente intragável, mas porque de certo modo, as dietas veganas tornaram-se sinónimo de alimentação com baixo teor de gordura. Isto não é bom para os veganos ou para os animais que nós queremos ajudar. Tendo em conta o facto de a alimentação vegana estar consideravelmente fora da corrente dominante e que é muito diferente da maneira de comer da maior parte dos americanos, não é surpreendente que muitas pessoas a vejam como difícil e restritiva. (A maior parte das pessoas vê qualquer mudança alimentar como difícil e restritiva.) Fazer com que as dietas veganas sejam o mais acessíveis possível é uma parte importante do activismo.
Ver maisComo veganos, o nosso objectivo não é simplesmente levar as pessoas a deixar de comer animais; nós queremos provocar uma mudança revolucionária na consciência social para transformar uma cultura de violência e opressão numa de não-violência e libertação. O nosso objectivo é catalisar uma revolução para mudar o curso da História.
Ver maisÀs vezes, quando ouço ou leio alguns veganos, parece que é como se eles quisessem que o clube dos veganos seja o clube mais pequeno e mais restrito do mundo. Imagino que o que se segue pudesse ser uma possível história do veganismo.
Ver maisEste é um artigo da escritora convidada Drª Melanie Joy, uma psicóloga licenciada em Harvard, autora do livro “Why We Love Dogs, Eat Pigs, and Wear Cows: An Introduction to Carnism” [Porque Amamos Cães, Comemos Porcos e nos Vestimos com Vacas: Uma Introdução ao Carnismo.]” Neste artigo, ela fala daquilo que considera ser um problema principal no nosso movimento: a humilhação de veganos por outros veganos. Este é um texto longo, por isso, sentem-se confortavelmente e demorem o tempo que for necessário para digerir os diversos pontos importantes que ela apresenta.
Ver maisSempre defendi que não é um crime tentar convencer outra pessoa de alguma coisa. No entanto, *é* uma arte. Se acreditarmos que uma coisa é boa e tivermos argumentos racionais para substanciar essa crença, temos todo o direito de apresentar a outros o nosso ponto de vista para tentarmos que mudem (não estamos, como é óbvio, a falar de coerção ou manipulação). O fulcro da questão é fazê-lo de uma forma eficaz.
Ver maisPode parecer natural aos proponentes do veganismo falarem às pessoas sobretudo das razões para se tornarem veganas . As organizações veganas dedicam bastante tempo e espaço, no seu material de divulgação, à teoria e aos argumentos veganos (principalmente filosóficos, com alguma informação ambiental e de saúde à mistura). Com demasiada frequência vejo o “como” ser tratado como algo em que pensar depois. A mensagem soa a: estas são as razões, agora desenrasca-te.
Ver mais“Se não estás zangado não estás a prestar atenção”. Conhecem a frase? Ela sugere que a raiva é uma consequência necessária de ser um cidadão consciente, bem informado dos horrores a acontecer no mundo – no nosso caso, aos animais. Neste artigo “raiva” refere-se a raiva manifestada. Não podemos ser criticados por sentimentos, embora possamos aprender a controlá-los.
Ver maisAvaliação da realidade: gostaríamos que toda a gente se tornasse vegana, contudo apenas uma ínfima parte da população o faz. Não adianta queixarmo-nos ou afirmarmos que todos os que não se tornam veganos são egoístas, não se preocupam, ou são hipócritas.
Ver maisQuando eu comecei a envolver-me nos direitos dos animais por volta de 1990, a pergunta “Quão vegano?” tinha uma resposta simples – ou algo é vegano ou não é. A maneira de saber isso era comparando todos os ingredientes de cada produto com listas de todos os produtos animais possíveis. Esta lista acabou por se tornar um livro, Ingredientes Animais de A a Z, que durante muitos anos foi o livro mais vendido no site Vegan.com.
Ver maisHá uma tendência natural para a aceitação pouco criteriosa das afirmações nas quais queremos acreditar. Contudo, a longo prazo, eu acredito que isto faz mais mal do que bem, porque perdemos o apoio de pessoas que acabam por perceber que não somos imparciais, e perdemos hipóteses de convencer pessoas que são intrinsecamente cépticas. Além disso, a maior parte das pessoas está à procura de alguma razão para nos rejeitar. Assim, é de vital importância que apresentemos informação que o público não considere absurda e de fontes que ele não rejeite como parciais.
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